quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Deus e a Matrix 2

Há muitas analogias feitas entre o filme Matrix e a religião. Neste artigo da Wikipedia encontra-se a descrição da mais impressionante delas.

Porém a analogia que vou apresentar agora, apesar de absurdamente simples, não é muito popular.

A primeira coisa que me impressionou quando assisti ao filme Matrix não foram os incríveis e premiados efeitos especiais, as emocionantes lutas corpo a corpo ou a catastrófica previsão do futuro. Mas sim o fato de, sob certo aspecto, a Matrix exercer para aqueles aprisionados a ela o mesmo papel que acreditam os teístas ser exercido por divindades em nosso mundo.

A realidade vivida pelos escravos da Matrix é projetada, programada, por ela. Sendo ela indiretamente responsável por tudo que acontece com tais escravos, sendo onisciente (até onde sua capacidade de processamento e armazenamento permite), onipotente (até onde isso se mostra logicamente viável) e onipresente (até onde seus agentes puderem alcançar).

Nesse mundo controlado pela Matrix, milagres são completamente passíveis de acontecer, assim como mágica e super poderes, como fica evidenciado quando é apresentado o garoto capaz de entortar colheres com a mente, ou quanto o agente Smith apaga a boca de Neo, deixando-o completamente apavorado.

Isso tudo é possível no mundo da Matrix por ser aquele um mundo virtual, onde muitas das leias da lógica e da física não precisam ser respeitadas, assim como acontece em muitos jogos eletrônicos de hoje.

Isso posto, podemos dizer que para aqueles que vivem no mundo da Matrix ela exerce de fato o papel de divindade. Podendo inclusive ouvir e atender a preces, assim como julgar e punir, porém ainda em vida, aqueles que a desafiem, desde que se mantenham fisicamente conectados a ela.

Até então não há nada de mais nessa analogia.
Mas haverá, no que decorre dela.

Não percam o próximo post, neste domingo.

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